domingo, fevereiro 20, 2011

Eu ando tomando o rumo certo agora, me deseje sorte!

'Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.'


'Quando as coisas se quebram, não é a quebra em si que impede que se juntem novamente. É porque alguns pedacinhos se perdem - as duas pontas restantes não poderiam mais se encaixar, mesmo que quisessem.'


"Aprendi a selecionar meus diamantes, cacos de vidro não me enganam mais."


'Arruma um namorado novo, gatinho sem problemas, que dê cama & carinho. E simples e gostoso. Por que não? Não se puna. Não finja que-os-problemas-foram-superados-e-tudo-está-num-ótimo-astral.
Chama uma Ro-Ro, vira a mesa de vez e parte pra outra. Você, como qualquer ser humano, precisa de amor — e como ser humano legal e especialíssimo, merece amor de uma pessoa bonita.'

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Eu fujo dos apertos, só me encontro onde há espaço. Nada pode ser tão largo que nos deixe muito solto, nem tão estreito que não seja confortável. E não aceite conselhos em relação a isso, não existe um modelo único de liberdade. Só você sabe, de fato, onde é o seu encaixe.

Fernanda Gaona

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

“A realidade é um bêbado jogado no chão, até que alguém bata na minha porta e prove o contrário.
É a unha que descascou logo que você saiu do salão, toda feliz. É o barulho [insuportável] do telefone quando está descarregado.
A realidade irrita.
Irrita porque está ali na sua cara e muitas vezes você não quer ver ou vê coisas que não condizem com a sua concepção de realidade. Porque querendo ou não, a realidade é carne crua.
Tem dias que eu visto minha fantasia de otária. Não é nada além de um kit composto de um sorriso de largura 7 cm e um olhar como se alguém tivesse jogado um tubinho de purpurina em você. Aquela coisa meio.. ãmn.. hiperbolicamente brilhante. E quer saber? É uma merda. Dá vontade de mandar meia dúzia de gente tomar no cu e correr pra casa chorando, se trancar no quarto pra tomar um toddy e jogar nintendo até ficar vesga. Isso de escolher qual cara eu vou vestir hoje fode com tudo. Sempre.
Entenda. O ônibus que eu pego está sempre lotado de seres que moram em um mundo onde aparentemente não se vende desodorante. A escola está numa velocidade dez quilômetros por ano. Minha sobrancelha está mal feita.
É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar.
[A realidade que eu mais gosto está longe, bem longe. Eu e você, pãezinhos com requeijão, lençol bagunçado sobre a cama, luz entrando pela janela, coca-cola com gelo e limão.]
Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me seqüestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.”