sexta-feira, junho 17, 2011

Você já deveria conhecer meu tom seco e sarcástico e minha insuportável mania de falar a verdade sem me importar com o que os outros vão pensar. Sem me importar se vão continuar gostando de mim mesmo assim. Eu nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa. Nunca precisei fingir que eu não to nem aí quando eu to mais do que aqui. Não faz meu tipo. Me esforço às vezes pra ser romântica, pra acreditar nos planos, pra acreditar nas pessoas. Nunca chorei pra convencer. Talvez porque não faça questão de convencer. Ou, como você mesmo diz, sou direta, fria e seca. E nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito. Eu não sou fácil, não me vendo, não aceito migalhas, não gosto de metades. Sou um império do bem e do mal. Sou erótica, sou neurótica. Sou boa, sou má. Só não sou um brinquedinho. Que alguém joga no canto do quarto quando não quer mais brincar. Sou um pacote. Uma mala. Sou difícil de carregar.

terça-feira, junho 14, 2011

http://deliriosesuspiros.blogspot.com

Não existe essa idéia de “fulano é mal amado”

Ninguém é amado de uma maneira negativa

Se é, definitivamente, não é amor.


Eu gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim. Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque por mais que os obstáculos nos desafiem o que realmente permanece, costuma vir de quem não tem medo de ficar.

Em todo presente existe um pouco de passado e em todo futuro caberá um pouco do presente. Somos limitados com relação ao tempo. Não é porque o personagem sai de cena que ele deixa o espetáculo. E mudar o cenário, não significa alterar o roteiro. Nossas lembranças têm passe livre e não devemos impedi-las de vir à tona, só acomodá-las em seu devido lugar.

Eu engulo a seco tantas notícias que ficam entaladas em minha garganta, mas prefiro fechar os olhos e lembrar um pouco de coisas que acrescentam. Durante todo tempo tanta maldade me cerca, mas prefiro que das minhas mãos só saiam auxílios. Sei que é impossível, por isso, não tenho a ilusão de apagar tudo que há de errado no mundo, mas tenho sim, a intenção de transmitir tudo o que há de bom em mim. Não é fácil, mas todos os dias tento renunciar meu lado impuro e embora essa atitude não traga um mundo melhor, aqui dentro já faz uma diferença danada.


Fernanda Gaona